Tua escrava. Tua cadela. Tua criada. Tua puta. Quantas de vocês, submissas, já disseram isto! E quantos de vocês, dominantes, já ouviram isto!
A escrava diz “escrava” para dizer “sou tua”, e o senhor diz “escrava para dizer “és minha”. A escrava diz “cadela” porque encontra nesta palavra a metáfora duma fidelidade absoluta que não pede nada em troca, e o senhor diz “cadela” porque vê na escrava um ser perfeitamente incapaz duma traição. A escrava diz “criada” porque sente prazer em servir, e o senhor diz “criada” porque o seu prazer em ser servido é maior do que a sua conveniência.
(Não é pela vantagem de encontrar as camisas passadas a ferro que o senhor gosta de ver a escrava passar-lhas; podia passá-las ele próprio, ou pagar a uma empregada; mas a delícia de ver a escrava fazê-lo enquanto o dono se finge desatento… e ela a saber muito bem que ele está só a fingir…)
E quando diz “tua puta” a escrava está a pedir ao senhor que tire prazer do seu corpo.
Tão nobre é a escrava, como a cadela, como a criada, como a puta. Duas destas palavras, é certo, podem ser usadas como insultos; mas não entre um senhor e uma escrava que se amam. Entre estes são palavras de amor.
Palavras são apenas palavras. Sozinhas elas nada dizem, precisam de alguém que as posicione num contexto como bem entender.
E e aí que mora o perigo, elas se tornam potencialmente armas contra a humanidade rs.
Podem ofender um culto escritor ao ve-las tão mal dispostas e concordadas, podem ferir um puritano ao ler termor obcenos e causar inveja a quem não consegue lidar com elas tão bem.
Por outro lado, continuam sendo armas que podem movimentar massas, que podem influnciar toda uma população para o bem. Sim, uma arma não precisa ser algo ruim (não é assim com o chicote? rs).
Também, ainda como armas, palavras bem dispostas pode viciar. Foi assim com seu blog… viciei rs.
Muito bom esse post… cada palavra, soando como insulto ou não aos ouvidos dos outros, tem um poder toda especial na vida da escrava e seu Dono.
No meu caso e de meu Dono, as palavras são outras, os termos outros, mas os resultados são os mesmos.
beijinhos…
Sarinha
Vou aproveitar e deixar uma perguntinha aqui, depois se achar melhor apague rsrs (tenho que deixar por aqui, pq naum temos contato por orkut e msn).
Como q vc fez para ter um blog assim cheio de recursos?? rs… É todo fashion seu blog…
Kisses
Quantas vezes já ouvi essas três palavrinhas que foram citadas aqui? Várias inúmeras vezes..E nunca me senti mal em ser chamada assim..
São palavras que me dão prazer..que me fazem sentir tão bem…
Parabéns pelo texto!
Beijos e saudações SM
{Deusa}_Kl
Nunca gostei de dizer nem admito que me chamem certo tipo de nomes que considero ofensivos. No entanto, não é por isso que deixo de os considerar apropriados em determinados contextos e entre determinadas pessoas. Consigo compreender perfeitamente o conceito do teu texto e aceitá-lo como válido.
Já publiquei a segunda parte do texto que disseste estar ansioso para conhecer a continuação 🙂